Qualidade de vida... Ahã, mas jááá!!!

Saber diferenciar problemas reais de problemas imaginários, abrir mão da responsabilidade de gerar prazer pro nosso povinho, passar reto pelo lixo mental dos outros, dizer "não" sem encucar... Atitudes como estas estão ao alcance de qualquer um de nós e, somadas, vividas concretamente no dia-a-dia, geram sensíveis melhoras em nossa qualidade de vida.
O pensador russo Guerdjef que, no início do século passado, já falava em auto-conhecimento e na importância de se saber viver, dizia em suas teses: "Uma boa vida tem como base o sentido do que queremos para nós em cada momento e daquilo que, realmente, vale como principal". Assim, ele traçou 20 regras de vida que foram colocadas em destaque no Instituto Francês de Ansiedade e Stress, em Paris.
Tente assimilar - de verdade! - metade destas dicas, e você vai sentir a qualidade de vida chegando. Confira:

Aprenda a dizer NÃO sem se sentir culpado ou achar que magoou. Querer agradar a todos é um desgaste enorme.

Planeje seu dia, sim, mas deixe sempre um bom espaço para o improviso, consciente de que nem tudo depende de você.

Concentre-se em apenas uma tarefa de cada vez. Por mais ágeis que sejam os seus quadros mentais, você se exaure.

Faça pausas de dez minutos a cada duas horas de trabalho, no máximo. Repita essas pausas na vida diária e pense em você, analisando suas atitudes.

Esqueça, de uma vez por todas, que você é imprescindível. No trabalho, em casa, no grupo habitual. Por mais que isso lhe desagrade, tudo anda sem a sua atuação, a não ser, você mesmo.

Abra mão de ser o responsável pelo prazer e bem-estar de todos. Não é você a fonte dos desejos, o eterno mestre de cerimônias.

Saiba a hora certa de sair de cena, de retirar-se do palco, de deixar a roda. Nunca perca o sentido da importância sutil de uma saída discreta.

Uma hora de intenso prazer substitui com folga três horas de sono perdido. O prazer recompõe mais que o sono. Logo, não perca uma oportunidade de se divertir. Não adie!

Peça ajuda sempre que necessário. Não banque o fortão, mas tenha o bom senso de pedir help às pessoas certas.

Diferencie problemas reais de problemas imaginários e elimine-os porque são pura perda de tempo e ocupam um espaço mental precioso para coisas mais importantes.

Tente descobrir o prazer de fatos cotidianos como dormir, comer, tomar banho, sem também achar que é o máximo a se conseguir na vida.

Evite se envolver na ansiedade e tensão alheias enquanto ansiedade e tensão. Espere um pouco e depois retome o diálogo, a ação.

Família não é você, está junto de você, compõe o seu mundo, mas não é a sua própria identidade.

Entenda que princípios e convicções fechadas podem ser um grande peso, a trave do movimento e da busca.

É preciso ter sempre alguém em que se possa confiar e falar abertamente ao menos num raio de cem quilômetros. Não adianta estar mais longe.

Não queira saber se falaram mal de você e nem se atormente com esse lixo mental; escute o que falaram bem, com reserva analítica, sem qualquer convencimento.

Competir no lazer, no trabalho, na vida a dois, é ótimo... para quem quer ficar esgotado e perder o melhor. Controle o instinto de competição!

A rigidez é boa na pedra, não no homem. A ele cabe firmeza, o que é muito diferente.

Não abandone suas três grandes e inabaláveis amigas: a intuição, a inocência e a fé. Mantenha a leveza e a confiança ao sabor natural da vida.

Entenda de uma vez por todas, definitiva e conclusivamente: você é o que se fizer!