Esses se puxaram! Casal completa 90 anos de casamento

Casal turco se torna símbolo de amor eterno na Turquia. O marido tem 112 anos e a esposa, 110. Legítimas almas gêmeas, desejam ficar juntos por mais tempo e sentem que, quando um deles partir, o outro sentirá a perda de uma metade de si. 

Eles viram juntos a queda do Império Otomano, acompanharam o surgimento de novos países e sonham em continuar unidos até que a morte os separe. A história do casal centenário formado por Abdullah e Elif virou símbolo de amor eterno na Turquia. Eles se apaixonaram quando jovens e asseguram que nunca tiveram problemas no casamento em todo este tempo de convivência.
– Nós nos queremos muito. Nunca tivemos problemas em 90 anos. Só temos um último desejo: morrermos juntos. Porque se um de nós morrer, o outro sentirá que perdeu sua outra metade – explicou Elif à agência turca Anadolu.
O filho mais jovem do casal, Ismail, de 60 anos e que ainda mora com eles, afirma que os pais são um "exemplo de amor" e de "casamento perfeito", não só para a família mas para todos que os conhecem.    
– Sempre foram fiéis. Nunca vi fazerem mal um ao outro. – explica o filho.
Elif, muito mais faladora do que seu marido, afirma que se "casaram por amor". Um amor que tem jeito de continuar por mais tempo.
– Meu marido não ouve bem já faz alguns anos, mas este é o único problema de saúde que tem. Em meus 110 anos de vida, a única cirurgia que fiz foi de catarata – explicou Elif.    
A mulher deu à luz dez filhos, dos que sete ainda estão vivos. A família continua aumentando e soma 113 membros entre netos e bisnetos e, a cada ano, em algumas ocasiões especiais e durante as festas religiosas, todos se juntam no pequeno povoado de Yazibasi, na província oriental de Malatya, onde vivem.
O casal acha que o segredo de sua longa vida está na alimentação natural e saudável que sempre tiveram.
– Comemos coisas do povo. Antes, tudo tinha seu próprio sabor. Mas nos últimos anos já não encontro esses velhos sabores. Deixei de comer verduras porque cheiram a remédios. Acho até que o pão que fazemos em casa não é igual ao de antes – explica Elif.
   

FONTE: EFE