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quarta-feira, 31 de março de 2010

Bícis públicas: pedale de graça e encoste a magrela para outro cidadão usar

Para facilitar o trânsito congestionado das grandes cidades e para diminuir a poluição ambiental, várias prefeituras pelo planeta estão adotando o sistema de aluguel de bicicletas. 
O princípio das bícis públicas é quase o mesmo na maior parte da Europa: o cara "encontra" uma bicicleta na rua, vai até o seu destino pedalando e deixa a magrela por lá para que próximo cidadão a utilize. Tudo de graça. Ou quase isso.

Em Munique, as bicicletas ficam travadas por um sistema eletrônico e a liberação é feita pelo telefone celular. Basta ligar, dar o número da bicicleta e o seu número de cadastro no serviço. Ao final do trajeto, outra ligação rápida e a trava eletrônica entra em ação até que outra pessoa deseje utilizá-la.
O mais incrível é que quase todo cidadão de Munique tem uma bicicleta. Mesmo assim, o serviço público é bem utilizado...
Na Holanda esse serviço também existe. Custa apenas cerca de 10 euros anuais, e está disponível em 100 estações.
Em Portugal, funciona o projeto BiCas (bicicletas públicas de Cascais). Há três quiosques onde se pode pedir uma bike pública mas, ao contrário da maioria dos sistemas de outros países, em Cascais as bicicletas servem apenas para turismo e não para transporte. Mas não deixa de ser um turismo amigo do ambiente, das pessoas e das cidades!
Em Paris, os números impressionam. Criado em 2007, o sistema disponibiliza 750 estações com 15 bicicletas cada. Para alugar uma, basta cadastrar-se, comprar créditos (29 euros pagam um ano de assinatura do serviço de 30 min. de jornada, por exemplo), chegar a uma estação e passar o cartão magnético. O usuário pode carregar o cartão online, em instalações da prefeitura ou dos correios. Em algumas estações também é possível utilizar passagens do metrô para pegar uma bicicleta.
Além da Europa, a China tem agora 40.000 bicicletas de uso público nas ruas em 1.600 estações, o Japão começa também a adotar a prática e nos EUA o aluguel é comum no circuito universitário. Rio de Janeiro e São Paulo também têm seus sistemas públicos, sendo que a mega cidade paulista oferece o serviço por um preço bem melhor: a primeira hora é gratuita e cada hora adicional custa 2 reais. A diária sai por 50 reais.
Em Brasília, o esquema funciona dentro do circuito universitário.

Nem tudo são flores - Paris fecha as margens do rio Sena à circulação de automóveis aos finais-de-semana mas, infelizmente, menos de dois anos depois da introdução do esquema, a maioria das 20 mil bikes já teve que ser reposta por causa de roubos e vandalismo. Muitas foram jogadas no Sena, dependuradas em postes e até cortadas em pedaços. Alguns ciclistas colocaram vídeos na internet mostrando manobras como estas.

Em Bruxelas o CycloCity não requer registo, mas o pagamento é sempre feito com cartões bancários. O crime não compensa: se a bicicleta não aparece o sistema vai à conta bancária do último utilizador

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