Você consegue não comprar nada, absolutamente nada, pelo menos por um dia? Há 15 anos, uma rede de ativistas organiza uma espécie de rebelião carnavalesca contra o consumo desenfreado e irresponsável, e o clímax desses esforços é o Dia sem Compras/Buy Nothing Day, onde se estimula um descanso para os cartões de crédito por 24 horas. Comemorado em 26 de novembro na América do Norte e no dia 27 nos demais países, o movimento conta com a participação de mais de 300 cidades, entre elas Paris, NY, São Francisco, Montreal, Barcelona, Tóquio, etc.
Criado em 1993 pela Fundação Adbusters Media, organização canadense, o evento hoje é celebrado em mais de 55 países e pretende ser como que uma espécie de greve geral dos consumidores, uma forma de contestação dirigida, não contra um produto em especial ou uma empresa multinacional em particular, mas contra a sociedade de consumo, essa que promove um modelo social baseado no consumismo, absolutamente insustentável.
Em vários países, ativistas vão às ruas para chamar a atenção para o assunto. Para tanto, vestem fantasias como a do "monstro do consumo", ou distribuem panfletos sobre o mal do consumismo, problema que pode causar estresse e profundos rombos em contas bancárias.
Verdadeiras necessidades - O "Dia Sem Compras" obviamente não propõe o regresso à idade da pedra nem que todos os dias sejam dias sem consumo. É incentivada a reflexão sobre o modo de consumo nas atuais sociedades capitalistas. Promove-se uma postura de consumo responsável, alertando-se a sociedade para a escassez dos recursos naturais e para a necessidade de todos nós, enquanto consumidores, termos consciência da pegada ecológica originada pela produção e transporte dos produtos que temos à nossa disposição nas relações comerciais. Defende-se a sustentabilidade do planeta, promovendo o consumo consciente e local, o comércio justo e a reutilização e troca de bens.
O movimento acredita que a data pode servir de exemplo para uma mudança dos padrões de consumo e para a formação de cidadãos conscientes, participativos e críticos. Um consumo focado nas verdadeiras necessidades e tendo em conta os aspectos sociais e ambientais inerentes à preservação do planeta e ao tratamento igual que todos os seres humanos merecem.
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Uma ação que fará um bem dado para controlar e dominar o nosso "Ego" com sua vuvuzela : - eu quero ... eu quero ...
ResponderExcluirum pequenino passo para quem sabe em breve o humano "SER"...
O que fazemos no nosso interior... reflete no exterior!
Sejamos verdadeiros e realistas conosco:
---- Não existem vitimas ... existem sim... maus caráteres!!!
Estamos nesta vivência para transmutá-lo !